quarta-feira, 11 de março de 2009

SABER SE SABE....MAS NADA SE FAZ

Matéria publicada no Jornal Zero Hora, sob o título "O SENADO BRASILEIRO" ( ZH 08/03/2009), assinada pelo jornalista Fábio Schaffner (fabio.schaffner@gruporbs.com.br), informa que desde o início do ano legislativo, em fevereiro, o Senado não votou um único projeto de lei, o foco de interesse dos senadores era o comando das comissões (o senador Fernando Collor se elegeu presidente da poderosa Comissão de Infraestrutura com apoio de Sarney e Calheiros). Segundo a reportagem, dos 11 presidentes de comissões, cinco respondem a processos na Justiça ou em tribunais de contas. Informa mais, um terço dos 81 senadores se encontra na mesma situação. A rede de suspeitas inclui desde o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ao seu mais novo integrante, Roberto Cavalcanti Ribeiro (PRB-PB), acusado de corrupção ativa, estelionato, formação de quadrilha, uso de documentos falsos e crimes contra a paz pública (só isso).

A mesma matéria traz uma informação sobre Agaciel Maia, escudeiro de Calheiros e Sarney, demitido recentemente da diretoria-geral do Senado. Datilógrafo de carreira, Agaciel se manteve por 14 anos à frente da direção-geral. Com salário líquido mensal de R$18 mil conseguiu acumular, durante este período, um patrimônio avaliado em R$ 5 milhões, inclusive uma mansão de 960m2 construída às margens do Lago Paranoá...tudo ocultado da Receita Federal.

Envolto em suspeitas de manipular licitações para contratação de mão-de-obra terceirizada, Agaciel, ao ser destituído, foi ovacionado por 250 servidores que ajudara a empregar. Mãos cerradas, queixo erguido e olhos marejados, parecendo mais um dos senadores dos quais tantos segredos guarda, despediu-se, dizendo:

-Voltando a ser um humilde servidor, a única coisa que eu quero de vocês é a amizade.

PARA MEDITAR

O que devem estar pensando aqueles que, de cara pintada, pediram nas ruas o impeachment de Collor, vendo agora o deposto presidente dirigindo a comissão que vai fiscalizar o PAC?


No final de 2007, logo após Renan Calheiros ter sido obrigado a renunciar à presidência do Senado, um movimento tentou colocar em seu lugar Pedro Simon. Lula, entretanto, vetou a indicação, sob o argumento de que Simon não era confiável. Na era Lula quem tem credibilidade é a dupla José Sarney-Renan Calheiros.


quarta-feira, 4 de março de 2009

Vivência

Vivência
Naldo Velho

Dentro de minha mala
eu carrego muitas coisas.
acumuladas por muitas
e muitas jornadas,
por trilhas, atalhos, escolhas,
algumas delas erradas.
Tantas dúvidas e incertezas,
quantas coisas guardadas....
Carrego o suor dos amantes
O encanto, a paixão e a poesia
O sentimento não compartilhado,
muitas histórias não terminadas
e a dor de um amor sofrido
Carrego também
saudade de amigos, de entes queridos
que em alguma lugar do passado
seguiram por outro caminho
Dentro de minhas malas
eu carrego muitas coisas.
A armadura, a cincatriz, o conflito,
o guerrilheiro de olhar cansado,
o andarilho em busca de abrigo,
o nobre, o juiz, o bandido, o feiticeiro,
o anjo, o banido.
Dentro de minas malas
muitas coisas pesadas,
a aflição, o medo, a espera,
o arrependimento, a culpa, o pecado,
a obrigação de fazer o bem feito
e desta feita fazer direito.
A obrigação de construir os meus templos
profanados pela ação do tempo
Dentro de minha mala
eu carrego muitas esperanças,
carrego o ingênuo, o sonhador, a criança,
a certeza de reencontrar o inimigo
e fazer dele um novo amigo.
Carrego o santo, o mago, o diabo,
um sorriso para ser ofertado,
o carinho do ser apaixonado,
que muitas vezes adormece cansado
mas amanhece sempre renovado
e vai em busca de uma nova morada

segunda-feira, 2 de março de 2009

Fim da autenticação de papéis

FIM DO RECONHECIMENTO DE FIRMA E DA AUTENTICAÇÃO DE DOCUMENTOS
Pelo menos para algumas situações. As unidades da Receita Federal, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), do Ministério do Trabalho e do Ministério da Agricultura não podem mais pedir reconhecimento de firma e autenticação de documentos. As medidas estão em consulta pública na página da Casa Civil na internet, mas já estão em vigor. Essas medidas fazem parte de um projeto para simplificar os os serviços dos órgãos federais, nas áeas de atendimento ao cidadão. Fica dispensado o reconhecimento de firma se o documento for assinado na frente do servidor, desde que a pessoa que assine esteja de posse de documento oficial de identidade, com foto, para que a identificação possa ser feita pelo funcionário público.
Importante salientar que as novidades valem para qualquer dos órgãos de atendimento direto ao cidadão como são o INSS, a Receita Federal, os Ministérios do Trabalho e da Agricultura; não se estendendo aos "órgãos de segurança" (Polícia Federal e Ministério do Exército) e nem aos cartórios, que seguem, por força de lei, exigindo o reconhecimento de firma, especialmente quando se tratar de atos que se prestem a alterar ou a transferir a propriedade .