O projeto Ficha Limpa que contou inicialmente com 1,7 milhão de assinaturas e depois com mais 2 milhões de adesões pela internet, com o objetivo de impedir que pessoas julgadas por tribunal se candidatem a cargo eletivo, foi aprovado pela Câmara, graças a enorme pressão de populares.
Ao chegar ao Senado, o Ficha Limpa também foi aprovado, mas de forma muito comemorada pelos fichas sujas. Dad Squarisi explica: "o verbo fez a diferença".
Conforme a brilhante colunista do Jornal do Commercio, "o texto da Câmara está no pretérito perfeito composto. Os tempos compostos se referem sempre a ação passada. No caso, o falante se coloca no presente. E traz à tona fato ido e vivido. "São inelegíveis os que tenham sido condenados", o autor se põe no presente e fala de fato que deveria ter ocorrido no passado (tenham sido condenados). Já, na emenda do Senado em "são inelegíveis os que forem condenados" recorre-se ao futuro do subjuntivo - que é porvir. A partir do presente olha-se para o que pode ocorrer na frente".
E finaliza "o Senado, ao passar a borracha no passado promoveu a anistia ampla, geral e irrestrita. Traiu o eleitor mas salvou os sujões"
(Dad Squarisi, Me engana que eu gosto, publicado no Jornal do Commercio, 24/05/2.010)
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